terça-feira, 26 de março de 2013

Porão



Em tempos normais, dias em que eu me encontro estudando, é uma raridade estar só em casa. E às vezes é preciso estar só, pra pensar na vida, pra descansar a mente, pra orar, entre outras coisas. Além de que, as pessoas da minha casa aparentam não gostar de me ouvir tocar violão e cantar (deve ser horrível mesmo), eles me mandam parar. Quando me vejo na necessidade de estar só ou de tocar violão vou pra um lugar especial que eu costumo chamar de “porão”.
É um espaço em baixo da minha casa que, que na verdade deveria se chamar “térreo”, cheio de coisas empoeiradas, onde eu costumo pintar, tocar violão, ler em voz alta, cantar, falar com Painho (Deus) e qualquer outra coisa interessante que me vier à cabeça.
Certo dia, coloquei uma música pra tocar e peguei as tintas que tinha e comecei a pintar, quando me vi havia pintado uma  das remanescentes cerâmicas do balcão. Como gostei do resultado e como meus pais não reclamaram, a cerâmica ainda está no mesmo local com a mesma pintura até hoje, e mesmo que um dia ela deixe de estar lá, ela estará aqui, pra ser algo guardado na minha memória artificial.

Iago Espíndula

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