Em tempos normais, dias em que eu
me encontro estudando, é uma raridade estar só em casa. E às vezes é preciso
estar só, pra pensar na vida, pra descansar a mente, pra orar, entre outras
coisas. Além de que, as pessoas da minha casa aparentam não gostar de me ouvir
tocar violão e cantar (deve ser horrível mesmo), eles me mandam parar. Quando me
vejo na necessidade de estar só ou de tocar violão vou pra um lugar especial
que eu costumo chamar de “porão”.
É um espaço em baixo da minha
casa que, que na verdade deveria se chamar “térreo”, cheio de coisas empoeiradas,
onde eu costumo pintar, tocar violão, ler em voz alta, cantar, falar com Painho
(Deus) e qualquer outra coisa interessante que me vier à cabeça.
Certo dia, coloquei uma música
pra tocar e peguei as tintas que tinha e comecei a pintar, quando me vi havia
pintado uma das remanescentes cerâmicas
do balcão. Como gostei do resultado e como meus pais não reclamaram, a cerâmica
ainda está no mesmo local com a mesma pintura até hoje, e mesmo que um dia ela
deixe de estar lá, ela estará aqui, pra ser algo guardado na minha memória
artificial.
Iago Espíndula
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