segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Nada fez sentido...

Foi um dia dificil...
Quando todo verde ao meu redor perdeu a sua cor e se tornou cinza. E o acorde que eu tocava perdeu suas notas tornando-se um silêncio angustiante e profundo. Nada fazia sentido.
Meu sangue não sabia para qual lado correr dentro das minhas veias e artérias. Meus pensamentos vagavam pela rodovia de mão única e se chocavam no lugar onde o caminho também não fazia sentido.
E a minha bandeira ainda estava lá. Mas o verde era só grama. O açafrão alaranjado era apenas barro. O centro não tinha nada a ver com justiça e o seu azul era apenas uma lona velha e inconstante no meio da estrada que o vento conduzia de um lado para o outro. O branco ainda estava lá intacto e ainda branco.
E nada mais fazia sentido...

Porque as ondas não tocam os meus pés? Será que as águas que eu vejo no mar existem mesmo? Porque o vento parou de tocar o meu rosto se os fios de cabelo das pessoas ainda balançam por causa dele?
Tudo é muito confuso, mas talvez eu deva enxergar a beleza que há nesses tons de cinza e dançar nos meus pensamentos ao som do silêncio dos acordes mudos que não quero mais me esforçar para ouvir.

Iago Espindula de Carvalho

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